segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pra não fugir à regra (de todo mundo que tem alguma coisa na net sobre si próprio), vou deixar registrados alguns filmes (à medida que for lembrando volto aqui) que marcaram minha vida: dois estão empatados por me marcarem profundamente: um é Marcelino Pão e Vinho, a versão do Vajda, com Pablito Calvo, é óbvio (soube que houve uma droga de refilmagem recente). Isto porque foi simplesmente o primeiro filme que eu fui ver no cinema, quando tinha cinco anos de idade, em 1957..... ele me impressiona até hoje e de vez em quando o revejo, com o mesmo sentimento. O outro, visto mais para a adolescência, é O Homem que não vendeu sua alma (a man for all seasons), com Paul Scofield (também fizeram uma refilmagem imprestável). Este é o filme que tomei como referência na minha vida. Thomas Morus é o meu herói. Depois vem, é claro a parte light da coisa: os filmes que a gente vai vendo adolescência afora.... começou com The Graduate - A primeira noite de um homem, com Dustin Hofmann (dos filmes que todo mundo saía do cinema e ia direto pra loja de discos comprar a trilha...). Teve o HAIR, do Milos Forman, marcante a cena em que George (Treat Williams) entra no avião no lugar de Claude (John Savage). Tem também o Summer of '42 (Houve uma vez um verão), de Robert Mulligan, com a estonteante e apaixonante Jennifer O'Neill... (pra mim, naquela época... dezenove anos de idade....) passei o resto da vida apaixonado por ela.... ainda estou. O que dizer então de Midnight Cowboy.... Dustin Hoffmann, John Voigt.... a trilha sonora desses filmes... Um homem e uma mulher... do Lelouch... (devemos esquecer aqui as sequências e refilmagens).... Alice não mora mais aqui... do Scorcese, que eu ainda não fazia a menor idéia do gênio que esse cara ainda viria a ser... e a figura da Ellen Burstyn.... aquela mulher forte, madura, linda, sofrida, decidida... vencedora.... tudo isso está marcado em mim a ferro em brasa...Blow Up, do Antonioni... O Colecionador, com o Terence Stamp, um dos meus atores favoritos... depois veio Teorema, com ele também... do Pasolini..... os anos 60 e 70 foram extremamente férteis... pródigos... minha adolescência foi profundamente preenchida por cinema e literatura.... Barbarella foi marcante.... a beleza estonteante de Jane Fonda.... o primeiro filme proibido para menores de dezoito que eu assisti, entrando de fininho no cine São João, em Curitiba, sem ter feito dezoito ainda... The Chase... Caçada Humana, com Marlon Brando... Robert Duvall... de novo a Jane Fonda.... ah... as mulheres do cinema.... todas elas permanecem com aquela beleza intacta na minha alma.... a Anne Bancroft ainda é a magnífica e eterna Mrs. Robinson....Senhora Robinson... que mulher... e a Katharine Ross então.... que marcou presença e detonou meu coração também em Butch Cassidy and the Sundance Kid... Mônica Vitti, Senta Berger... Cláudia Cardinalle... Sophia Loren... Ursula Andress... haja lugar no universo para tanta paixão junta.... não posso esquecer, por questão de justiça, da fase "religiosa" do cinema... do Cecil B de Mille, que dirigia os filmes, dizendo que adorava o tema bíblico, "porque não podia desprezar dois mil anos de publicidade gratuita".... teve El Cid, Os Dez Mandamentos... Ben Hur... de outro lado o fantástico Metrópolis, de Fritz Lang... outra hora eu volto. Este assunto é demais....

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