segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Essa coisa de o Pereio ter dado entrevista à VEJA (27 de Abril de 2008) sobre sua campanha pela demolição do Cristo Redentor, pra falar a verdade, nem mereceria consideração. Mas acho importante não deixar passar em branco pelo menos o silêncio que se formou após o evento... Está certo que a famosa estátua não é parte da doutrina ou da liturgia católica propriamente dita, nem foi colocada lá pelo Vaticano, ou pelo papa no exercício de sua infalibilidade, Mas de alguma forma é uma manifestação, no mínimo, de uma sociedade majoritariamente católica que, pelo que percebi, restou silente(também não estou nem aí para o que evangélicos ou outras crenças disseram ou deixaram de dizer a respeito. Pra maioria deles, o Cristo Redentor não passa mesmo de um monão de pedra e cimento armado. "Jesus" é outro assunto). O caso é que a imagem representa o Filho de Deus, Jesus Cristo, de braços abertos para muita gente. Quem não quer acreditar, o problema é dele. Não digo que seja favorável às Cruzadas, no sentido de cristãos saírem por aí matando mouros para libertar Jerusalém e o Santo Sepulcro (como a gente tem visto, as cruzadas não resolveram nada, assim como não adianta nada querer botar juízo na cabeça daquele povo encrenqueiro de lá, tipo enfiar as coisas na cabeça dos outros a dentro a machadadas) mas, que a gente tem visto babaridades por aí, não se pode negar..... por muito menos os muçulmanos processaram (e receberam indenização financeira) Brigitte Bardot que, diga-se de passagem, esteve com a razão em cada palavra que proferiu, do alto de sua experiente vida, quando disse que os muçulmanos estariam tomando conta de tudo por lá. Na verdade, isso já vem acontecendo desde o século oitavo, durando até o século dezoito pelo menos e, de certo modo, prosseguindo de uns tempos para cá. Também por palavras proferidas, devem estar caçando até hoje o Salman Rushdie que, do ponto de vista ocidental e da Rainha da Inglaterra, é "Sir Salman", que escreveu coisas na verdade não apenas ininteligíveis como também e mais ainda totalmente desinteressantes para nós ocidentais. Por fim, mas não por último, por causa de uns rabiscos inocentes e bem humorados significando Mafoma, os ditos muçulmanos por pouco não deflagram a terceira guerra mundial. Aliás, como toda razão, porque o que eles têm feito até hoje não tem sido nada diferente do que jogar bombas pra todo lado. Inclusive e especialmente neles mesmos. Tem até a história de um canhão que estourou na cara de Maomé, de tanto tiro que estavam dando, durante uma das invasões dele por lá. Sem mencionar que, alegando questões de fé, mandaram para as cucuias o world trade center (pra mim, versão pouco convincente, conhecendo as artimanhas da CIA e o modo idiota - digo, peculiar - de raciocinar do pessoal daquela nação chamada estados unidos da américa do norte. Enfim, para encerrar, ou se dá importância às paranóias do Pereio (pereio/paranóia, olha só... acabo fazendo poesia concretista), torcendo para que um raio lhe parta a cabeça, ou a gente esquece o assunto e ficamos por isso mesmo. O dito pelo não dito. Deixa que o tempo resolve as coisas. Aliás, cá entre nós, por que o Pereio não faz uma campanha pra demolir um tal de estátua da liberdade, que fica em um país em que o conceito de liberdade - e democracia - é controlar os corações e as mentes do resto do mundo, não só pela alienação, como também e mais ainda pelas bombas?

Um comentário:

  1. Da última vez que estive no Rio, li em O Globo um interessantíssimo artigo da Cora Rónai sobre o politicamente correto: se ele estivesse em vigor no passado como hoje, não teríamos o bondinho do Pão de Açúcar nem o Cristo Redentor, cartões postais do Rio.

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