domingo, 27 de maio de 2012

FICOU PERFEITAMENTE CLARO

Que os governantes têm a mais absoluta certeza de que estão lidando com idiotas.

Veja só o significado de IDIOTA, segundo a "bíblia da etimologia", o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Antenor Nascentes:

IDIOTA: do grego idiótes: simples cidadão, homem do povo, homem de espírito curto, ignorante, parvo (pelo latim idiota).
"Idiota, entre os gregos idiótes, diz João Ribeiro, Curiosidades Verbais, 23, era chamado o homem particular por oposição ao que tinha ofício ou encargo.
Mais tarde, por igual razão, eram chamados assim os que formavam a maioria do povo.
Nesse sentido encontramos nos nossos clássicos o termo por vezes ligado a outro - "o povo idiota", para designar os leigos e toda gente não letrada e alheia à República ou ao governo.
Fixou-se então o sentido de que idiota era o não letrado, o que não sabia ler nem escrever.
Havia nas aldeias portuguesas juízes idiotas, simples juízes de paz e de quem não se exigia mais que os bons costumes, a experiência, a probidade.
Eram naturalmente idiotas os leguleios e lhagalés(*) (da soletração l-h-e).
"São aqueles gregos muy rusticos, idiotas, ignorantes sem letras", dizia Pantaleão de Aveiro, no Itinerário, X.
"No falar, não se deve seguir o uso do povo idiota, inimigo declarado das línguas mais cultas..." (Francisco José Freire, apud Leite deVasconcelos, Opúsculos, IV, 939).

Notas minhas:
(e, no entanto, os idiotas que nos (des)governam vêm nos impondo o jeito de falar do povo idiota...)
(*) leguleios e lhagalés: advogados rábulas, chicaneiros, os que se apegam à estrita letra da lei...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

BRASIL, AVANÇANDO NO SUBDESENVOLVIMENTO

O brasileiro é, primordialmente, um subdesenvolvido. Pouca diferença com a África. A fisionomia do brasileiro, aquele que a gente vê andando pelas calçadas, é a de alguém que abandonou toda esperança quando aqui entrou. É um povo com pouca ou nenhuma perspectiva de futuro. Um país em que uma mãe vende o filho por uma pedra de crack, por uma máquina fotográfica, em que se mata para ver o corpo cair, em que se vota em gente que aí está, comendo a nação pelo calcanhar, e que aceita bovinamente toda essa subverção da ordem, não merece o menor respeito.